segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

...alvorada do ano do gato às riscas!!


Ano do Tigre!

Achei importante fazer uma pequena referência ao ano novo chinês aqui no blog pois vivo com malta da China e convivo com chineses todos os dias.
Dia dos namorados… ou dos enforcados, depende de se temos namorada ou se somos pessoas deprimidas com a vida e revoltadas pelo facto de não a termos. Eu prefiro não dar a minha opinião…
Este ano coincidiu com o ano novo chinês. Porquê só este ano? Porque pelos vistos o calendário chinês é um calendário lunar, mudando por isso de ano para ano a data pelo calendário europeu, não sabiam desta pois não?

Aqui em Manchester existe uma grande comunidade chinesa, tendo até uma “chinatown”, centro das festividades comemorativas do ano do tigre. Coitados.
Tive pena do apresentador. Um show de variedades caótico em que nada funcionou foi o momento alto deste dia.
O grupo de kung-fu demorou uns impressionantes 30 segundos na sua apresentação, o tipo das máscaras não se deu ao trabalho de aparecer, o cantor estava afónico e as crianças da dança não sei quê estavam tão coordenadas como eu depois da 3ª noite de semana académica. Mais a comemoração do ano do gatinho às riscas.

Mas até teve a sua piada! Comidas tradicionais chinesas como hambúrgueres e cachorros quentes vendidos por ingleses em rulotes (escreve-se assim?) deram um ar de sua graça às coisas na chinatown, cheia de ingleses consumistas à procura do que quer que seja que pudessem comprar. Até irrita!
Eu paguei cerca de 1,5€ por algo que imagino nem seja parecido ao meu nome em chinês, mas queria mesmo uma recordação. Talvez diga: totó com dinheiro a mais no bolso… seria mais que apropriado!

 Vão aqui algumas fotos rápidas, desculpem a pouca qualidade ou relevância, mas havia mesmo gente demais lá para tirar fotos…


O meu dia acabou a partilhar experiencias de Portugal com uma colega minha nigeriana… que diria né? (quem me conhece sabe o porquê)

Hoje o meu belo dia de aulas quase não merecia comentários se não outras duas pérolas da boca de paquistaneses da minha turma.
Sabiam que os telemóveis são bens substitutos em relação às calculadoras? Não sabiam? A professora também não, e não pareceu assim muito convencida.
A outra foi que para melhorar o ambiente e reduzir os custos, os supermercados deviam, em vez de embalagens de vidro e plástico, usar sacos de plástico. Em que produtos, pergunta a professora, nos picles, nos sumos, nos molhos. Sim! Nada de garrafas. Sacos. Como é que as grandes multinacionais não se lembraram disso? Ninguém sabe. Felizmente o mestrado em gestão da universidade de Salford existe, para salvar a humanidade dos perigos do vidro (totalmente reciclável) e das garrafas de plástico (muito recicláveis).

Terminei o dia a fazer eu, não um indiano ou um paquistanês, eu de Portugal, o país europeu mais longe da Ásia, uma apresentação sobre cultura do Bangladesh. Estranhamente a minha capacidade de inventar à pressão coisas credíveis sobre cultura e economia, capacidade desenvolvida no curso de economia da FEUALG, deu origem a uma excelente apresentação, louvada pela professora. Sou mesmo bom. Ou eles mesmo maus. Sei que é a segunda, mas mentalizo-me na primeira.

De resto nada de novo, a não ser que almocei uma das melhores açordas de marisco que comi na vida, feita por mim apenas com ingredientes ingleses. Nada mau para um solteiro fora do seu país.

Beijos e Abraços

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